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  • Foto do escritorAna Lorena

Comida e Diversão!


A maioria das crianças passa por aquela fase aonde recusa determinados alimentos e não demonstra muita animação na hora das refeições!

Segundo Sampaio et al (2013) estas atitudes são comuns na fase pré escolar. Em geral, a criança deixa de demonstrar estes comportamentos depois de certo tempo. Porém, algumas vezes essas atitudes se prolongam conforme a criança cresce, sendo necessário prestar atenção se estas atitudes interferem no cotidiano e na saúde da criança, podendo se tratar de uma seletividade alimentar (Sampaio et al, 2013).

Mas, como na maioria das vezes trata-se apenas de uma fase, sem grandes preocupações, há algumas pequenas interações com as crianças que podem ajudá-las a passar melhor por esta fase e a se alimentarem bem, aceitando experimentar novos alimentos!

Em diversas atividades que a criança naturalmente realiza, que são apresentadas à ela na escola ou em atividades que frequenta, muitas vezes são trabalhados aspectos que acabam por contribuir também com o desenvolvimento alimentar da criança (as vezes sem ser este propriamente o objetivo do profissional!).

Isto porque aspectos como o perfil sensorial e a capacidade de regulação da criança também estão ligadas à alimentação e, também, à processos como a digestão.

Por exemplo...

É comum ver profissionais que atuam com crianças trabalharem diferentes estímulos sensoriais com estas, que são essenciais para o desenvolvimento desde bebé até a criança mais velha!

Um exemplo disto é o trabalho com texturas! É comum ver professores (seja em sala de aula, na educação física, na dança, ou mesmo em terapias) utilizarem texturas diferentes como variedade de estímulo tátil.

Sabendo que a textura é um dos aspectos sensoriais envolvidos na alimentação, este trabalho pode estar colaborando também (mesmo que indiretamente) para a alimentação da criança!

Outro exemplo...

Quando um profissional trabalha a capacidade de auto regulação da criança, indiretamente pode também estar contribuindo para a prática alimentar da criança, já que esta função está ligada também à uma digestão adequada!

Mais exemplos práticos e simples?

O Brincar!!!

Sabemos da importância que a brincadeira tem na vida de uma criança! Sabemos que o brincar é por si mesmo terapêutico (Winnicott), mas também é muito importante na apredizagem (Piaget e Vigotsky). Através da brincadeira e do ato de simbolizar, a criança internaliza a sua realidade externa.

Pinheiro (2009) realizou um estudo a fim elaborar e de avaliar os efeitos de se incluir brinquedos pedagógicos voltados para a alimentação nas instituições pré escolares e percebeu que isto pode ter efeitos relevantes quando realizado de forma contínua.

Além disto tudo, como vimos na entrevista do post anterior ("Introdução Alimentar e Alimentação Infantil! O que preciso saber?!") os pais são essenciais na forma como a criança vai lidar, inclusive, com a sua alimentação! O exemplo de alimentação, os momentos das refeições (as exeperiências vividas neste momento!) e até a relação com os pais são importantes influenciadores na maneira como as crianças vão agir (Sampaio et al, 2013, também fala um pouco disso).

Mas a alimentação também pode ser divertida e prazerosa!

Atualmente existem algumas instituições que oferecem aulas de introdução alimentar para crianças e também aulas que possibilitam a criança a experiência de fazer diferentes tipos de comida ou que tem o alimento como o brinquedo da criança (No Brasil já existem diversas aulas como estas!).

Todas essas estratégias trazem uma variedade de alimento para perto da criança, através de momentos prazerosos! Além disso, podem trabalhar diversas sensações (sabor, cheiro, textura, cores) sendo ricas em experiências sensoriais. Ou seja, uma mistura de experiências, vitaminas, nutrientes, cores, sabores e muita diversão!

Envie-nos suas dúvidas e sugestões pelo contato psicooque@gmail.com!

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