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  • Foto do escritorAna Lorena

Quem não gosta de música?!


Quem não gosta de música?!

Muitos caminham com ela para o trabalho ou na volta para a casa, na hora de se arrumar para sair, enquanto arrumam a casa ou cozinham... O que poucos sabem é que a música, além de muito agradável, é uma execelente ferramenta com grandes efeitos neurológicos e calmantes que pode ser utilizada por diversos profissionais.

Para começar, vamos entender a diferença entre utilizar música na sua intervenção, independente da sua profissão, e realizar uma sessão de musicoterapia!

Como vimos no caso de Christopher Duffley no post anterior (clique aqui para ver o post!), a musicoterapia foi essencial para o seu desenvolvimento e seus avanços principalmente na comunicação com o mundo e na sua aquisição da linguagem.

Entretanto, a musicoterapia é uma área específica e é necessário uma formação específica para se trabalhar com isto. Esta área se diferencia das demais devido a utilização de recursos pessoais e de conhecimento específico por parte do musicoterapeuta. Estes recursos pessoais somados à utilização da música, constroem um vínculo musical entre o terapeuta e o paciente (Matriz DACUM, 2010, in Silva, Ferreira & Cardozo, 2012).

Um outro termo tem sido usado para a utilização da música de forma menos específica. A “música em medicina” é o aproveitamento da música por profissionais da saúde de forma complementar aos procedimentos médicos a fim e diminuir o estresse, ansiedade e dor. Normalmente é escolhido pelo profissional um repertório que é apresentado ao paciente como experiências de audição (Silva, Ferreira & Cardozo, 2012).

Diversos estudos realizados comprovaram algumas áreas afetadas no cérebro enquanto ouvimos música que podem beneficiar o trabalho com pacientes neurológicos degenerativos, pacientes com depressão, distúrbios de ansiedade, Alzheimer, idosos, no ambiente educacional e no ambiente hospitalar.

Nos próximos posts abordaremos estes efeitos e entenderemos o porquê sugere-se a aplicação da música nestes tipos de intervenção.

Uma curiosidade!

Uma das principais sugestões que se tem sobre o efeito da música sobre nós é o que ela provoca em nossas emoções. Entretanto, os estudos sobre este efeito são ainda um pouco controversos.

Alguns autores (Peretz; Zatorre, 2004, in Rocha e Boggio, 2013) acreditam que as emoções vivenciadas durante uma música acontecem devido a um julgamento estético a partir de uma análise da estrutura desta e não atinge mais do que regiões corticais do cérebro.

Ou seja...

As regiões do cérebro ativadas no momento em que se escuta uma música são mais superficiais, o que sugere que a emoção que se vivencia se dá a partir do que julgamos bonito ou feio, se gostamos ou não gostamos.

Já um estudo mais recente (Brattico et al, 2011) aponta outras áreas cerebrais que estariam também envolvidas: estruturas do sistema límbico e paralímbico.

Esta pesquisa trouxe também um fato curioso. Foi possível perceber uma diferença na emoção gerada através de músicas com letra ou trechos de música sem letra. Isto foi possível porque diferentes áreas cerebrais foram ativadas enquanto escutava-se estes dois tipos de música.

A partir disso, os autores sugerem que as músicas com letra são as principais para induzir as emoções tristes enquanto as músicas instrumentais tem maior importância na indução das emoções felizes (Brattico et al, 2011).

Referências:

Silva, L.C., Ferreira, E.A., & Cardozo, E.E. (2012). A música e a musicoterapia no contexto hospitalar: uma revisão integrativa de literatura. In Anais do XII Encontro de Pesquisa em Musicoterapia – Musicoterapia: Ciência e Pesquisa Contemporânea, Olinda, Brasil, 11-14 Outubro de 2012 (pp. 75-89). Associação de Musicoterapia do Nordeste.

Rocha, V.C., & Boggio, P.S. (2013). A música por uma óptica neurocientífica. Per Musi, 27, 132-140.

Brattico, E., Alluri, V., Bogert, B., Jacobsen, T., Vartiainen, N., Nieminem, S., & Tarvaniemi, M. (2011). A functional MRI study of happy and sad emotions in music with and without lyrics. Frontiers in Psychology, 2, 1-16.

Não esqueça de enviar suas dúvidas ou sugestões para o nosso contato de email psicooque@gmail.com , ou na nossa página do facebook Psico o que?

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